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quinta-feira, 7 de agosto de 2014

O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá: Uma História de Amor - Jorge Amado

Hoje apresento-vos mais uma fábula, em que novamente os protagonistas são os gatos e as aves. Esta foi uma história que o Vento contou à Manhã enquanto acendiam o Sol, o que fez com que esta chegasse atrasada, alterando os ritmos naturais das coisas. Por isso, o Tempo foi falar com a Manhã e prometeu-lhe que se a história que o Vento lhe contara fosse bonita lhe ofereceria uma rosa azul.

Cá vai. No parque onde viviam os animais, todos tinham medo do Gato Malhado, que tinha fama de destruir tudo o que via e de simplesmente ser mau. Acontece que, com a chegada da primavera, o gato acorda com novos humores, transbordando boa disposição. Pensando que de alguma partida de tratava, os animais do parque fugiram todos para se refugiar. Todos? Todos, não! A brava Andorinha Sinhá ficara a comtmplar o Gato, pois este era o único habitante do parque com quem não falava e queria que todos fossem seus amigos. A partir deste momento, começa a passear com o gato, passando a primavera e o verão mais felizes de cada um, até que o gato se declara apaixonado. Tentando evitar que algum mal acontecesse à filha, os pais da andorinha definem-lhe o casamento como Rouxinol, mestre do canto. Assim,se passa o Outono, em que os dois apaixonados mal se falaram, sentindo-se separados por uma invisível cortina, até que num dia em que a Andorinha se mostrava alegre, ela lhe conta que se vai casar. Aí, o Gato recupera a má fama, até que no inverno se dá o casamento. Percebendo a inutilidade do seu sonho de amor impossível, perdendo o seu rumo, dirigindo-se ao refúgio da cobra cascavel.

Foi esta a história que a Manhã contou ao tempo, com a qual recebeu a rosa azul, que às vezes usa como adorno. É por isso que quando ela a usa se di que está uma esplêndida manhã azul.

Esta é uma bela fábula onde reconheço novamente a seguinte moral, que o mundo só será bom a partir do momento em que assimilarmos as diferenças entre os seres vivos e as entendermos como parte integrante para a construção de alicerces seguros para a paz no mundo.

E porque gosto de ler... 

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