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terça-feira, 18 de março de 2014

A Rapariga que Roubava Livros - Markus Zusak

Relacionado com a 2ª Guerra Mundial, este livro retrata, através do seu obscuro narrador, a Morte, a vida dos habitantes de Molching, um subúrbio de Munique. A ação começa com a chegada de Liesel Meminger, uma rapariga que vem ao encontro da sua família de acolhimento, o casal Hubermann, tendo um passado triste, com a sombra da narradora a pairar sobre o irmão que morrera durante a viagem para Molching. Tendo já escapado por uma vez às mãos da narradora, esta última conta-nos as peripécias do crescimento desta criança, considerando como um dos seus ídolos, uma daquelas pessoas que merece por tudo viver. Assim, é-nos dada a conhecer a sua relação com os pais, o seu melhor amigo, Rudy, e os vizinhos, e, o facto que a levou a receber a alcunha de ladra de livros. Numa noite em que se comemorava o aniversário de Hitrler com uma grande fogueira que queimava tudo o que fosse anti-nazi, Liesel consegue tirar um dos livros que teria como destino as chamas, tendo sido observada pela mulher do presidente da Câmara, que a passa a convidar a frequentar a sua biblioteca, da qual começa também a roubar livros. Entretanto, devido a uma promessa que fizera durante a 1ª Grande Guerra, o pai de Liesel vê-se obrigado a alojar um judeu na sua própria casa. Este judeu conhece Liesel, percebendo que têm coisas em comum, como os medos e os sonhos. Ele começa a ilustrar-lhe livros por ele escritos, que dedicava à rapariga e à sua estreita relação de amizade. Com o avançar da guerra, Molching é bombardeada e, em quatro das suas ruas, todos os habitantes morrem, à exceção de Liesel, que adormecera na cave enquanto escrevia o seu próprio livro. Perde toda a sua família, restando-lhe apenas o pai de Rudy, que se encontrava na Guerra aqundo do bombardeamento. Algum tempo mais tarde, com o consumar da guerra, dá-se a libertação dos campos de concentração e, Max, o judeu que vivera em casa de Liesel e que anteriormente tinha sido levado para o campo de Dachau, regressa em busca de Liesel. A história acaba com uma prolepse, em que a narradora encontra Liesel, devolvendo-lhe o livro que a rapariga escrevera e que havia preservado ao longo do tempo como  seu bem mais precioso.
Em suma, gostei muito deste livro, pois evidencia o sofrimento causado por uma guerra, os transtornos criados pelas políticas raciais, e acima de tudo, verifica-se muita criatividade da parte do autor, pela forma como escolhe as personagens e como liga os assuntos, sem menosprezar os impactos da Guerra.
É por estas razões e ... porque gosto de ler que ...
RECOMENDO!

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